O trabalho de aproximação com os pais começou por causa da indisciplina dos alunos. Depois de algumas reuniões, diretora e professores da Escola Estadual Nhanha do Couto, em Goiânia (GO) perceberam que o problema estava na casa dos estudantes.
Conversando com os pais, viram como a separação da mãe e do pai influenciava negativamente o comportamento dos jovens. Segundo o secretário-geral da escola, Ricardo Fidelis, o que os alunos faziam na escola era reflexo da falta de afetividade em casa. “Nem sempre os pais acompanhavam o dia a dia do aluno e não sabiam o que acontecia na escola”, diz Ricardo.
Para atrair os pais, a escola começou a promover atividades extraclasse entre a comunidade escolar. Há várias ações, entre elas capoeira, reforço escolar, feiras de artesanato, xadrez. Com essas atividades, os pais passaram a frequentar a escola e a conviver mais com os filhos.
E isso tem refletido em sala de aula. No final de 2007, o índice de reprovação em algumas turmas era de 39% e caiu para 12% no ano seguinte. “Nas reuniões sempre falamos que os pais são os principais fiscais da educação. Eles precisam olhar o caderno dos filhos, acompanhar a lição de casa, orientar a criança quando ela precisa”. Com o acompanhamento em casa, os alunos se sentiram motivados e descobriram a importância da escola. Alguns deles se tornaram monitores em sala de aula e na biblioteca. Os pais também se tornaram voluntários.
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